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Câncer de Bexiga
O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão sendo classificado conforme a célula que sofreu alteração.
Existem três tipos:
- Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido interno da bexiga.
- Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga após infecção ou irritação prolongadas.
- Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.
Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
Estatísticas
- Estimativa de novos casos: 10.640, sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres (2020 - INCA);
- Número de mortes: 4.595, sendo 3.097 homens e 1.498 mulheres (2020 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
O que aumenta o risco?
- Idade e raça - Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
- O tabagismo pode aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de bexiga e está associado à doença em 50-70% dos casos.
- Exposição a diversos compostos químicos, como aminas aromáticas, azocorantes, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, fumo e poeira de metais, agrotóxico, HPA, óleos, petróleo, droga antineoplásica, tintas, naftalina e aminobifenil.
Como prevenir?
Não fumar e evitar o tabagismo passivo. O tabagismo passivo consiste na inalação da fumaça de produtos derivados do tabaco por não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. Não se expor aos derivados do petróleo (por exemplo, tintas).
Sintomas
Podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga:
- Sangue na urina
- Dor durante o ato de urinar
- Necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo
Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de bexiga traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
• Dor ao urinar
• Sangue na urina
Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que sejam logo investigados.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera). Durante a cistoscopia podem ser retiradas células para biópsia.
A probabilidade de cura dependerá do estadiamento (extensão) do câncer (superficial ou invasivo) e da idade e saúde geral do paciente.
Fonte: INCA Ministério da Saúde
Tratamento
As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. A cirurgia pode ser de três tipos: resseção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina). Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar a vacina BCG na bexiga para tentar evitar a recorrência da doença.
Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia também pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra).