O tumor de próstata é o tumor sólido mais comum no homem. Sua prevalência aumenta conforme o avanço da idade (principal fator de risco), principalmente após os 50 anos. Outros fatores de risco são: presença de câncer de próstata em um familiar (principalmente aqueles que tiveram diagnóstico de câncer de próstata antes dos 65 anos), fatores genéticos (alterações específicas no gene), etnia negra e exposição a produtos (aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fuligem, dioxinas). O excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata em estágio avançado.
Frequentemente, o câncer de próstata apresenta evolução inicial silenciosa, não apresentando nenhum sintoma na grande maioria dos casos. Quando presentes, os sintomas costumam ser semelhantes àqueles causados por tumores benignos, sensação de urgência para urinar, aumento da frequência para urinar de dia ou à noite. Quando em estágios avançados, a doença pode causar dor óssea, sintomas urinários mais intensos e infecção generalizada.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre o exame do toque retal ou do exame de dosagem do PSA (antígeno prostático específico) no rastreio do câncer de próstata entre os 50 e 70 anos. Mas você sabia que o uso do rastreio para a detecção precoce de câncer de próstata é controverso e que não é recomendado pelo próprio Ministério da Saúde? Cuidado, isso não significa que o exame é contraindicado! Atualmente, não há indicação para o rastreio de todos os homens à procura do câncer de próstata em sua fase precoce, portanto deve-se sempre buscar orientação médica e compartilhar essa decisão.
O toque retal e a dosagem do PSA são recursos que aumentam a probabilidade de detecção da existência do câncer de próstata e, somente quando houver essa suspeita a biópsia (retirada de amostras do tecido da próstata para análise laboratorial) está indicada para a obtenção do diagnóstico preciso.
Por meio da biópsia realiza-se o estadiamento da doença para, então, definir o prosseguimento do cuidado. A depender do resultado obtido neste processo, o paciente pode ser apenas orientado a retornar para nova avaliação futuramente. Ou ser submetido a tratamentos, como retirada da próstata, radioterapia, terapia hormonal ou quimioterapia.
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